segunda-feira, 24 de maio de 2010

O Movimento "Eu quero é botar meu bloco na rua" apóia a causa dos moradores



Neste sábado, dia 22 de maio, algo chamou a atenção de quem passou, entre 10h e 11h da manhã, pela Praça José Alencar, no Flamengo. Algumas dezenas de pessoas portavam cartazes e apitavam. Tratava-se da primeira mobilização pública por conta do andamento da construção de um empreendimento comercial, pela Schipper Engenharia, nas esquinas das ruas Barão do Flamengo e do Catete. Há quase dois meses, síndicos e moradores de prédios localizados na região estão se reunindo periodicamente no Instituto Interdisciplinar Rio Carioca (IIRC), localizado no nº 32 da Rua Barão do Flamengo, para discutirem as ações que devem ser tomadas a fim de que sejam esclarecidas algumas questões que os afligem. A mobilização chamou a atenção de cerca de 250 pessoas que passaram pelo local.
Segundo o líder do movimento, o economista Marcus Cortesão, a construtora afirma que há aprovações de todos os órgãos competentes da Prefeitura. Entretanto, Cortesão diz que gostaria de obter mais esclarecimentos: “É preciso que todos entendam que ninguém aqui, a princípio, é contra nada. O que queremos é saber o quanto essa construção irá afetar na qualidade de vida dos moradores e frequentadores diários da região. Para isso, estamos solicitando os laudos desses órgãos municipais a fim de mobilizarmos uma equipe técnica qualificada que avaliará se as fragilidades que imaginamos que existem são reais”.
Os impactos no trânsito, a saturação da região, a existência do Rio Carioca, que passa subterrâneo, e a circulação do ar são questões às quais os moradores clamam por esclarecimentos. “Já acionamos o Ministério Público e estamos aguardando um primeiro retorno de uma audiência com a promotoria, realizada na semana passada. O CREA também já foi contatado e se colocou à disposição”, informa a presidente do Instituto Interdisciplinar Rio Carioca, Lucimar Fernandes, que faz parte da comissão do movimento ao lado do líder Marcus Cortesão e de mais três moradores. “Ao longo de todos esse tempo que as discussões começaram a acontecer, percebemos que há uma adesão muito positiva. Mas, é claro, há aqueles que são contra o movimento por serem a favor do progresso. Mas ninguém aqui é contra isso, muito pelo contrário. Mas é preciso que esse desenvolvimento seja sustentável”, completa o Diretor de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do instituto, Marcus Lopes.

O empreendimento
Segundo consta no projeto original, serão levantados dois blocos com 13 andares cada um, e ainda uma garagem subterrânea com 450 vagas rotativas. Moradores do 2º e 3º andares de edifícios vizinhos à obra sentem as paredes tremerem só de os operários usarem a broca. Residente de um prédio da Rua Almirante Tamandaré, Maria Lucília Silva revela que do seu apartamento consegue identificar que ainda sai muito óleo e água da terra escavada. “Comprei meu apartamento há um ano e meio, e, na época, me falaram que nada de grande porte seria construído aqui. E agora me deparo com esse projeto. Não é preciso muita instrução para perceber que dessa forma que ele está sendo apresentado vai afetar negativamente a vida dos moradores”, desabafa.
O que vem por aí
Com o sucesso da primeira mobilização, as ações não vão parar por aí. Já está programado um novo protesto para 05 de junho, Dia do Meio Ambiente. Os detalhes serão informados em breve!
Além do Instituto Interdisciplinar Rio Carioca, o movimento também conta com o apoio da Associação de Moradores Amigos do Flamengo (AMAFLA).
Crédito Foto: Clara Rey
Fonte: Instituto Rio Carioca
A Equipe do Movimento "Eu quero é botar meu bloco na rua" abraça a causa dos moradores daquela região e se coloca à disposição para ajudar a divulgar o andamento da questão.
E que venham mais apoio e adesões de moradores, comerciantes e amigos da região, e solidários com a causa.
A união é fundamental!

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Movimento "Eu quero é botar meu bloco na rua"